quarta-feira, 14 de novembro de 2012

Educaçao terá ponto facultativo nos dias 16 e 19 de novembro

DECRETO Nº 9.641, DE 12 DE NOVEMBRO DE 2012.
“DECLARA FACULTATIVO O PONTO NOS DIAS 16 E 19 DE NOVEMBRO DE 2012 NAS REPARTIÇÕES PÚBLICAS MUNICIPAIS”
A PREFEITA DA CIDADE DE NOVA IGUAÇU, no uso das atribuições
que lhe confere a legislação em vigor,
D E C R E T A:
Art. 1º - Fica declarado facultativo o ponto nos órgãos e entidades da Administração Pública Direta e Indireta do Município de Nova Iguaçu nos dias 16 (sexta-feira) e 19 de novembro de 2012 (segunda-feira).
Parágrafo Único – O expediente será normal, entretanto, sob a responsabilidade dos respectivos chefes, nas repartições cujas atividades não possam ser suspensas, em virtude de exigências técnicas ou por motivo de interesse público.
Art. 2º - Este Decreto entrará em vigor na data de sua publicação.
Prefeitura da Cidade de Nova Iguaçu, 12 de novembro de 2012

domingo, 21 de outubro de 2012

Projeto quer integrar tradição oral e conhecimento acadêmico

Representantes de dezenas de pontos de cultura do país reuniram-se hoje (20) no campus da Praia Vermelha da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), zona sul, para o lançamento do Laboratório de Políticas Culturais - Universidade Griô Campus Rio. Os griôs são pessoas detentoras das histórias de um povo, repassadas oralmente por meio das gerações.

O projeto foi desenvolvido pela Rede Ação Griô e a Escola de Comunicação da UFRJ (ECO), Campus Rio. A gestão será compartilhada entre a academia e os movimentos sociais para elaborar, programar e implementar políticas públicas para cultura no Brasil. O laboratório será mantido com orçamento de R$ 800 mil do Ministério da Educação.

Para um dos organizadores do evento e coordenador do projeto, Alexandre Santini, a inauguração do laboratório é uma conquista da sociedade civil organizada e demonstra que é possível interligar o saber tradicional oral e o acadêmico de forma rica e criativa. "A sociedade civil não é apenas uma receptora das políticas públicas e nesse laboratório a sociedade concebe, propõe experiências de gestão da política cultural. O projeto vai ter várias linhas de ação e vai possibilitar a mediação entre a tradição oral e a educação formal".

Santini explicou que a internet será uma grande ferramenta na potencialização da tradição oral, por meio das redes sociais, blogues e das novas tecnologias. A diretora da ECO, Ivana Bentes, acredita que a vinda para a universidade vai dar visibilidade à educação oral, hoje pouco reconhecida pelo mundo acadêmico, que prioriza a cultura letrada. "O mestre griô pode ensinar sobre ervas, saúde, tempo, meio ambiente, ou seja, produz um conhecimento que não tem visibilidade, mas temos que reconhecer que o mestre com mestrado ou o doutor e o mestre da tradição oral têm o mesmo valor e excelência na produção do conhecimento".

A deputada federal Jandira Feghali (PcdoB/RJ), presidente da Frente Parlamentar de Cultura do Congresso Nacional e autora da emenda parlamentar que viabilizou o projeto diz que "essa educação chamada informal, uma pedagogia da tradição oral não sistematizada em livro didático, mas que tem um método pedagógico próprio que é a cultura tradicional nossa, vai poder entrar na universidade por meio do laboratório".

Jandira também é autora do Projeto de Lei 1786/2011, conhecido como Lei Griô, que visa instituir uma política de transmissão dos saberes e fazeres de tradição oral em diálogo com a educação formal, por meio do reconhecimento político, econômico e sociocultural dos (as) griôs e mestres (as) de tradição oral do Brasil. A Lei Griô tramita atualmente na Comissão de Educação e Cultura da Câmara dos Deputados e aguarda parecer da relatora Mara Gabrilli (PSDB-SP).

A Rede Ação Griô reúne 100 mil estudantes, griôs, mestres, pontos de cultura e comunidades na valorização da cultura de tradição oral em diálogo com a educação formal. Ela foi criada como política pública em 2006 pelo Ponto de Cultura Grãos de Luz e Griô, da cidade de Lençóis (BA) em parceria com o Programa Cultura Viva, da Secretaria de Cidadania e Diversidade Cultural do Ministério da Cultura.
por: Agência Brasil

segunda-feira, 24 de setembro de 2012

Madalena Guasco: "Somente com a valorização dos profissionais alcançaremos uma educação de qualidade"


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madalena guascoDurante os dias 31 de agosto, 01 e 02 de setembro professores e professoras de todas as regiões do país estiveram reunidos em São Paulo, para participar de um dos eventos mais representativos da categoria: o 8º Congresso da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino (Contee).
Foram três dias de debates que culminaram com reeleição de Madalena Guasco no comando da entidade e a desfiliação da Central Única dos Trabalhadores (CUT).
Doutora em História, Política, Sociedade pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (1997), Madalena Guasco vai para sua quarta gestão à frente da Contee. Em entrevista ao Portal CTB a professora destaca as principais lutas da entidade para a próxima gestão e faz um balanço do Congresso que culminou com sua eleição e a desfiliação da CUT.
O que representou para você a vitória nas urnas da Chapa Ação Classista?
Representou o coroamento de um trabalho de crescimento da nossa força na Confederação e também de reconhecimento do papel que a confederação foi adquirindo no cenário nacional e internacional. A Contee esteve presente como protagonista em todas as batalhas no âmbito da educação, de defesa de um projeto soberano e democrático para o país e em todas as lutas de interesse dos trabalhadores no geral e dos trabalhadores em educação em particular.
Esse foi o reconhecimento da categoria ao trabalho realizado na última gestão?
Na Contee a composição da nova direção se dá por proporcionalidade qualitativa, assim todas as chapas compõem a direção, de maneira proporcional ao que conseguiram nas urnas.
A nossa chapa foi a mais votada porque tínhamos 48 % dos delegados, assim além do reconhecimento do trabalho, a vitória é fruto do esforço coletivo dos sindicatos e federações da CTB filiados à Contee.
Você já está em sua 4ª gestão. Quais conquistas você pode destacar nesses últimos anos para os docentes?
A Contee destacou-se no último período como protagonista nos principais debates educacionais e sindicais do País. Podemos enfatizar a atuação destacada da Confederação e de nossas entidades filiadas na organização das etapas municipais, estaduais e nacional da Conferência Nacional de Educação (CONAE) – realizada em 2010 –, bem como no acompanhamento criterioso e dedicado da tramitação do Projeto de Lei 8035/2010, que cria o novo Plano Nacional de Educação (PNE).
Promovemos também encontros e atividades relacionadas à questão educacional e sindical e participamos de atividades internacionais – consolidando o papel da CONTEE nas lutas mundiais dos trabalhadores, em especial da educação, e levando ao conhecimento da comunidade internacional as bandeiras dos trabalhadores em estabelecimento de ensino brasileiros – com destaque para o combate à mercantilização da educação.
No último período, a Contee passou ainda a compor o Fórum Nacional de Educação (FNE) e prosseguiu atuando em instâncias de formulação de políticas públicas como a CONAES (Comissão Nacional de Avaliação da Educação Superior) e CONAP (Comissão Nacional de Acompanhamento e Controle Social do Programa Universidade para Todos).
Nesta gestão que se inicia quais serão as principais bandeiras de luta?
A regulamentação da educação privada, a luta contra a desnacionalização da educação superior brasileira, Por um PNE avançado e com 10% do PIB para a educação. A luta pela manutenção da unicidade sindical na base e pela manutenção dos direitos dos trabalhadores, conquistados na legislação. A CONTEE defende que a luta contra a crise tem que preservar os direitos dos trabalhadores e avançar para conquistas como a estabilidade dos dirigentes sindicais, a proibição da demissão imotivada e que o desenvolvimento do país somente se dá com avanços nos direitos dos trabalhadores.
Por uma II Conferência Nacional de educação que avance na elaboração de uma legislação que regulamente a educação provada e crie o sistema nacional de educação e que a Conferencia de fato se torne referencia para a elaboração de políticas publicas de educação.
E os principais desafios dessa nova fase?
A continuidade da luta pela regulamentação do setor privado de ensino e pela defesa da educação pública, de qualidade, democrática segue como desafio para a nova direção, bem como a luta pela gestão democrática nas instituições de ensino; a valorização da carreira docente; e o veto ao ingresso do capital internacional no setor educacional do País.
Como você disse, os professores brasileiros sofrem com um quadro de desvalorização profissional. Como esse cenário pode ser revertido?
A Contee representa os trabalhadores em educação tanto os docentes como os técnicos administrativos. A Contee e as outras entidades de educação lutam para que este quadro seja revertido. Este quadro é fruto da implementação de uma política anti-democrática que entende o nosso pais como ator de segunda no panorama internacional.
A Educação tem que ser entendida como prioridade, porque somente uma educação de qualidade é capaz de colocar o nosso país como protagonista de seu próprio destino rumo ao seu desenvolvimento solido. Somente com a valorização dos profissionais de educação é que alcançaremos uma educação de qualidade.
Sobre a desfiliação da CUT... O que levou a categoria a optar o pela desfiliação?
A maioria dos sindicatos e federações filiados a Contee são filiados à CTB. Mas na Confederação atuam também sindicatos filiados à outras centrais sindicais como CUT, CGTB, Força Sindical e Conlutas. Desse modo, manter a filiação à CUT, além de artificial, seria prejudicial para a manutenção da unidade dos trabalhadores.
A desfiliação da CUT e a não filiação à outra central sindical, não representa em hipótese nenhuma que a entidade não participará ativamente do movimento sindical brasileiro . Ao contrário, através das suas entidades filiadas participará das centrais sindicais e lutará pela unidade dos trabalhadores através de ações unitárias das centrais, única forma de fortalecer a luta dos trabalhadores brasileiros.
Portal CTB